Motetos Para A Procissão Do Enterrro, Op.34 (Oliveira, Manoel Dias de)

Sheet Music

Scores

PDF scanned by Paulo Machado
Paulo Machado (2020/5/13)

Publisher. Info. Fundação Nacional de Arte/ Instituto Nacional de Música / Projeto Memória Musical Brasileira
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Misc. Notes Moteto Para Procissão do Enterro - 034 - 4 Movimentos - Para Coro a Capela.
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General Information

Work Title Motetos Para A Procissão Do Enterrro
Alternative. Title Sexta-Feira da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo
Composer Oliveira, Manoel Dias de
Opus/Catalogue NumberOp./Cat. No. Op.34
I-Catalogue NumberI-Cat. No. IMO 66
Movements/SectionsMov'ts/Sec's 4 movements:
  1. HEU!
  2. PUPILLI
  3. DECIDIT CORONA
  4. SEPULTO DÓMINO
Language Latin
Composer Time PeriodComp. Period Classical
Piece Style Baroque
Instrumentation mixed chorus (SATB)

Navigation etc.

Sexta-Feira da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo Curiosidades: O único documento que informa a data aproximada de nascimento de Manuel Dias de Oliveira é o Rol dos confessados desta Freguezia de S. Antonio da Villa de S. Jozé Comca do Rio das Mortes deste prezente anno de 1795 (IPHAN - Tiradentes-MG). Já que as idades indicadas dos filhos neste censo populacional conferem com as respectivas certidões de nascimento – o que jamais poderia ser exemplo de regra sobre o rigor dos recenseamentos coloniais, a idade do compositor – 60 anos - também pode ter sido anotada corretamente. Ele teria nascido portanto entre setembro de 1734 e agosto de 1735.

Flávia Toni, em sua dissertação de mestrado pela USP (1985), levantou a hipótese sobre as origens do compositor mulato. Segundo a musicóloga paulistana, Manuel Dias de Oliveira talvez fosse filho de Lourenço Dias de Oliveira (Portugal?, ? – Vila de São José, 1760). Branco, solteiro e possivelmente português, atuou como organista na Vila de São José entre 1756 e 1760, onde pertenceu às Irmandades do Bom Jesus do Descendimento, Caridade de Nossa Senhora da Piedade, Nosso Senhor dos Passos e por fim São Miguel e Almas. Sendo solteiro – o que não era de se estranhar, pois havia menos mulheres que homens brancos na primeira metade do século XVIII em Minas, Lourenço Dias de Oliveira pode ter gerado o filho com uma negra ou escrava, costume, aliás, comum no Brasil colonial. Se foi realmente seu pai, pode ter sido também seu professor. Em todo o caso, a coincidência de sobrenomes e profissão não pode ser subestimada.

Outra possibilidade é que Manuel Dias de Oliveira tenha sido escravo de Lourenço Dias de Oliveira, e por este alforriado, independente de ter sido ou não seu filho. Como músico de destaque desde jovem, o que lhe possibilitaria uma situação financeira acima da média dos escravos, é possível também que Manuel Dias de Oliveira tenha comprado sua liberdade através do processo de coartação, já que os artistas podem ter sido os primeiros a se beneficiar desta singular relação entre escravo e proprietário, desenvolvida principalmente na Capitania de Minas Gerais a partir do final da primeira metade do século XVIII. Não se sabe onde Manuel Dias de Oliveira nasceu. Talvez tenha nascido na própria Vila de São José, o que só não se pode comprovar pelo fato de estarem perdidos os registros de nascimento daqueles anos. É provável que o compositor já estivesse na Vila de São José desde 1752, na ocasião, com aproximadamente 18 anos – e sabe-se isto por sua entrada como irmão na Irmandade de São João Evangelista. Não há notícia que daquela data até sua morte, em 1813, tenha vivido em qualquer outra vila fora São José, apesar de atividades comprovadas em outros arraiais e vilas mineiras, quer seja como compositor (São João d’El Rey e Congonhas), calígrafo (Igreja Nova da Borda do Campo, atual Barbacena) ou militar (Arraial da Laje, atual Resende Costa). Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.